NAIROBI, 26 de out de 2021 às 14:30
Na última segunda-feira, 25 de outubro, o exército do Sudão prendeu a maioria dos membros do governo e anunciou sua dissolução, dando um golpe de Estado.
O general Abdelfatah al Burhan dissolveu o conselho de ministros e o conselho soberano, o órgão máximo do processo de transição no qual o Sudão se encontra, e declarou o estado de emergência no país.
O ministério da Informação do Sudão disse num comunicado que “o governo de transição, liderado por Abdalá Hamdok que foi sequestrado por forças militares junto com vários de seus ministros e seu paradeiro é desconhecido desde segunda-feira, 25 de outubro, ainda é a autoridade de transição legítima do país ".
Diante desta terrível situação, dom Christian Carlassare, bispo de Rumbek, no Sudão do Sul, disse que este golpe era algo “que já estava no ar há algum tempo. Todos temiam esses eventos”.
Em declaração à TV 2000, canal da Conferência Episcopal Italiana, o bispo destacou que “ainda não se sabe o que vai acontecer no Sudão. Havia muita esperança no governo recém-formado. Pensava-se que este governo fosse um governo civil, progressista e aberto a ouvir as necessidades da população. Como governo de unidade nacional, pensava-se que poderia preparar o país para um futuro mais democrático. Dentro do país, grupos leais ao governo anterior permaneceram. Portanto, há muita preocupação com o que está acontecendo nessas horas”.
Dom Christian Carlassare foi ferido por um tiro em 25 de abril de 2021. Durante sua recuperação, o bispo ofereceu a sua dor pela purificação e conversão da Igreja do Sudão do Sul.
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O Sudão está localizado na faixa central da África, sua capital é Cartum. Possui cerca de 40 milhões de habitantes. A grande maioria da população é muçulmana. As religiões tradicionais africanas e o cristianismo são minorias, ambas representando menos de 3% da população. Em 2011, a parte sul do país tornou-se independente e formou um novo país chamado Sudão do Sul.
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— ACI Digital (@acidigital) July 9, 2019